Este blog é uma ferramenta indispensável para divulgar meu trabalho e para um enriquecimento dos que se dedicam a pesquisa em educação.

Usem sempre quando precisarem e, quando citarem é necessário que seja mencionado:
OLIVEIRA, Michele Pereira. www.educacaoeinclusao.blogspot.com
Obrigada, e estou a disposição sempre que necessário nos endereços de e-mail indicados.

domingo, 25 de abril de 2010

Meu pai...

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Diário de classe - Inclusão à toda prova!

Quando trabalho a inclusão em sala de aula não me atenho apenas às crianças com necessidades educacionais especiais, foco meu trabalho em todos aqueles que necessitam de um atendimento educacional diferenciado.
Neste momento venho expor uma experiência extremamente gratificante e deveras emocionante.
Leciono na periferia de Vila Velha, e contamos com toda sorte de dissabores: ausência da família, inversão de valores, drogas no bairro e eventualmente nas proximidades da escola nos horários de saída, ameaças pelo tráfico, alunos desinteressados, professores amedrontados, desencorajados, desmotivados, estressados e doentes, bombas dentro da escola, indisciplina, um verdadeiro caos.
No início do ano recebemos um aluno que está em liberdade assistida, precocemente envolvido usuário de drogas e por conta do vício acabou por entrar no mundo do crime e por conta disto, esteve recluso na UNES por 4 meses. Conforme seus relatos, o pior lugar do mundo.
- Professora, lá conheci o mal!
Assim ele se refere a essa experiência.
Diversos problemas enfrentamos com ele, o pior deles é a indisciplina e a absitnência que o impossibilita de ficar muitos minutos dentro de sala, atento e assentado em sua carteira.
Um menino bonito, cheio de vida, mas prisioneiro de um vício que tenta deixar a base de tratamento.
Uma vez por semana, precisa comparecer ao juizado da infância e juventude para que analisem sua liberdade, e consequentemente a escola precisa regularmnte enviar-lhes relatórios.
Semana passada apliquei uma prova, e me deparei com uma outra pessoa, extremamente nervoso e alterado, a ponto de rasgar a prova pois segundo ele não sabia nada!
Puxei-o para minha mesa, e segura da minha atitude que naquele momento precisava ser muito mais dura que o nervoso dele, e com a mesma dureza mandei que ele assentasse ao meu lado que lhe explicaria a matéria.
Atendeu-me de pronto, e como num passe de mágica, pois foi assim que pareceu ser, ele aprendeu de primeira potência, raiz quadrada e expressões numéricas com potência.
O menino deu um salto da carteira, sentou-se em seu lugar, abaixou a cabeça e em poucos minutos fez toda a prova sozinho. Nota - 9,0, valendo 10,0.
Na mesma hora ele lançou-se a carteira dos colegas que estavam apáticos e começou a ensinar o que havia aprendido.
Hoje o ápice da situação. Na ausência de um professor, subi uma aula - justamente na sala dele, e qual não foi minha suspresa, ele me esperava na porta, e perguntou-me:
- vai dar potência? e, não era essa a matéria que daria hoje, mas diante do seu interesse, respondi que sim e mudei meus planos para ver até onde ele iria.
Pediu-me então o meu livro, o pincel e o apagador e pediu que mostrasse quais seriam os exercícios.
O aluno passou um quadro de exercícios, explicou aos outros colegas como um professor, e nos momentos de dúvidas dos outros alunos, intervia em suas carteiras, auxiliamdo-os em suas dúvidas, e TODOS, prestaram a atenção em suas explicações.
A sala foi a mais silenciosa de toda a escola durante as duas horas em que ele explicava os exercícios e os corrigia no quadro.
Neste momento, tamanha foi minha emoção que chamei todos os professores, a pedagoga, e a coordenadora para assistir sua aula, e surpreendentemente para cada um que ali o observava ele fazia questão de explicar um exercício.
Não contive as lágrimas e saí da sala para que ele não me visse.
Ao terminarem as duas horas de aula, ele apagou o quadro, foi o último a se retirar da sala, dirigiu-se a mim, entregou-me o material e rumou ao corredor, onde foi comprimentado por todos os professores que ali estavam.

Essa é a inclusão que eu sonho que aconteça.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Saudade.


É com pesar que venho falar novamente desse jovem talento que conheci.
Que Deus abençoe sua família e te dê a paz eterna.
Obrigada pelo pouco contato, mas grandioso.
Que você Saulinho continue sendo exemplo de garra, de vontade de viver, e que seus ensinamentos aos seus jovens e pequenos atletas não tenha sido em vão.
Voe em paz, pequenino!
Ontem o perdemos, mas com certeza continuará sonhando seus sonho, mas agora com toda a perfeição de Deus Pai.