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OLIVEIRA, Michele Pereira. www.educacaoeinclusao.blogspot.com
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quarta-feira, 24 de junho de 2009




A inclusão de pessoas com deficiência auditiva nas escolas regulares e nas escolas especiais.


Incluir pessoas com deficiências auditivas em uma escola regular requer muito além de novas pedagogias, de novas teorias,novas tecnologias, requer muita disciplina, prática e novas estruturas principalmente estrutura pessoal para atender a esse público que tem necessidades tão particulares.
Incluir um surdo, não acontece de uma hora para outra, é um trabalho que deve ser conjunto, família, criança surda, profissional da educação e da saúde, não podendo deixar de lado que a inclusão perpassa também pelos alunos ouvintes que deverão interagir com as crianças surdas presentes na sala de aula regular.
A língua Portuguesa, diferente do que acontece com os cegos, os surdos não conseguem transcrevê-la literalmente para a Libras, uma vez que a Libras requer interpretação, e tradução simultâneas para se estabelecer uma relação entre as duas línguas. Há também que se levar em conta o regionalismo que diferencia os sinais.
Para que uma criança adquira habilidade para se comunicar em Libras é necessário que ela receba estímulos, para que possa evoluir e alcançar uma maturidade que a possibilite a fluência na Libras.
Os surdos, muitas vezes precisam adaptar-se a leitura labial, o que rouba deles a identidade que conseguem com a Libras e a independência que ela gera ao surdo.
A escola tem o papel de fazer as crianças com deficiência auditiva superarem as dificuldades advindas da deficiência e promover a inclusão de fato e verdadeira, que essas crianças tenham autonomia na língua portuguesa no âmbito da leitura e escrita.
Importante se faz mencionar, que se a escola não tiver um intérprete de Libras, de muito pouco adiantará a inclusão dessa criança, uma vez que ela não criará sua identidade, e poderá ter algum aprendizado, mas não da mesma forma que teria se for acompanhada em seu processo de aprendizagem por um intérprete que transmitirá todo conteúdo e poupará o esforço da leitura labial que não é o mais indicado, e que atrasa o processo de inclusão.
É importante que a escola promova formação e capacitação em Libras dos professores que estarão de frente da educação dessas crianças tão especiais. Deve além de formação promover discussões com todo seu corpo docente, mesmo com aqueles que não estão diretamente ligados à educação das crianças surdas para que possa haver maior interação de todos os participantes do corpo Escola, a fim de promover um espírito inclusivista e dar conta das necessidades urgentes de inclusão.
O surdo tem os mesmos direitos de uma criança que não tem deficiência e, portanto tem a mesma garantia de estudar em uma escola regular. Precisa conviver com ouvintes pois é esse o mundo que o incluirá ou excluirá do lado de fora do seio da família, e é por isso que eles (surdos) tanto quanto as crianças ouvintes devem ter seu direito à educação preservados.

Ao iniciar o processo de integração escolar do aluno com deficiência auditiva em uma escola, especial , esta deve oferecer total apoio educacional à criança deficiente auditiva que se põe no papel de educando em turno inverso ao da escola regular e ainda auxiliar o trabalho do professor regente da classe comum.
Uma escola regular para incluir um deficiente auditivo deve ter estrutura física e pessoal adequada contando com a presença de intérprete de Libras, deve ter uma classe pequena com no máximo 25 alunos contando com o deficiente que deve ter idade compatível com o restante da classe, e que a família seja presente no processo educacional.