Este blog é uma ferramenta indispensável para divulgar meu trabalho e para um enriquecimento dos que se dedicam a pesquisa em educação.

Usem sempre quando precisarem e, quando citarem é necessário que seja mencionado:
OLIVEIRA, Michele Pereira. www.educacaoeinclusao.blogspot.com
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domingo, 28 de setembro de 2008

Como educar uma criança pequena?


Crianças pequenas precisam interagir com o ambiente em que vivem. E é essa a primeira lição sobre educar que nós pais e educadores devemos receber. É no contato com o chão, que as crianças pequenas começam a se descobrir, descobrir o mundo e tudo nele que está ao seu alcance.
É nos primeiros gestos rumo a autonomia que as crianças começam a se descobrir e a descobrir um universo de oportunidades que o contato com o meio pode proporcionar.
No contato visual descobrem luzes, cores, formas variadas, movimentos, no contato físico do toque, descobre texturas diversas, temperaturas diferentes, consistências estranhas e novas.
É nesse mágico momento da interação que a criança começa a despertar o seu eu, é nesse contato com o que pode palmar, que a criança começa a interagir com o meio e a construir sua personalidade. É no desafio dos novos obstáculos que descobre sua força, seus medos, suas ansiedades.
É, com esse primeiro contato que nascem os primeiras vontades de alcançar o novo.
É importante aos pais que nesse primeiro movimento pela aprendizagem, estejam presentes e mais que isso, estejam interagindo junto desse mundinho que começa a ser descoberto e a se formar.
Esse é o primeiro movimento rumo a aprendizagem, é nesse contato com o chão, com diferentes formas, cores, texturas, temperaturas que a criança dá seus primeiros passos, que a criança se descobre integrante do meio.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Como avaliar uma criança com necessidades educacionais especiais?


Avaliar é uma questão que gera angústia nos professores principalmente com relação à crianças com necessidades educacionais especiais. É nessa hora que colocamos à prova nossa capacidade como ensinantes, como transmissores, como ponte para o conhecimento.
Entretanto, temos que levar em conta uma questão chave: crianças com necessidades educacionais especiais têm suas limitações, e apenas devemos avaliá-los dentro de suas possibilidades.
Nesse caso, avaliar torna-se um grande instrumento medidor. Através da avaliação poderemos perceber o quanto e como essa criança está ou não evoluindo.
A partir desses resultados, nós professores, também somos avaliados, e principalmente nossas técnicas, a quando percebemos nossas falhas, precisamos recorrer de nossa sensibilidade para desenvolvermos novas técnicas, novas maneiras, novos saberes que irão proporcionar o encontro de nossas crianças com a mágica do saber.
Avaliar portanto não é apenas dar notas - apesar de percisarmos cumprir com as normas legais da educação, as notas podem ser dadas a essas crianças de acordo com seu desempenho. Nós como docentes, podemos elaborar nosso próprio critério para quantificar esse rendimento escolar.
É sabido que as crianças com necessidades educacionais especiais, têm seu desenvolvimento compassado, e muitas vezes não acompanham o mesmo ritmo da classe.Desta feita, a avaliação também deve ser diferenciada, mas não nos esqueçamos que essas crianças têm os mesmo direitos com relação ao aprendizado e nós o mesmo compromisso de prepará-las da melhor forma possível para uma vida autônoma e com qualidade. Eles também precisam ser críticos, precisam ser independentes e também precisam se preparar para o mercado de trabalho.


Em resumo:
As notas devem ser dadas de acordo com o rendimento da criança, também de forma diferenciada e de acordo com um gráfico q o porfessor montaria pra avaliar essa criança, é interessante que o professor estabeleça uma pontuação de acordo com os parâmetros de desenvolvimento e limitações da criança, porque de uma forma ou de outra HÁ um desenvolvimento e um rendimento, e é esse desenvolvimento q deve ser avaliado.
É sabido que o rendimento de crianças com necessidades educacionais especiais nem sempre será no memso nível que o rendimento das crianças que não apresentam necessidades educacionais especiais, mas haverá um desenvolvimento que deve ser avaliado e quantificado, mas lembre-se avaliando também as dificuldades.
Para que essa avaliação seja mais significativa, os pais devem estar cientes da forma que seus filhos serão avaliados, e principalmente estar cientes da necessidade especial da criança, bem como do progresso das crianças.
Esse processo deve ser de acordo com a professora, com os pedagogos, com os pais, ou seja há que haver uma concordância entre as partes, e em se levando em consideração as dificuldades que a criança para que não seja prejudicado seu processo de aprendizagem.
Só com um trabalho conjunto alcançaremos o sucesso na aprendizagem de nossas crianças mais que ESPECIAIS.

Sugestão para avaliação:

criar um gráfico qualificativo:

satisfatório regular: 5-6
satisfatório bom: 7-8
satisfatório ótimo: 9-10
Insatisfatório: 5-0

Para esse gráfico ser otimizado, temos que estabelecer parâmetros, e para isso precisamos planejar. Só com um planejamento bem detalhado e cumprido poderemos avaliar melhor.
Quando lançarmos uma atividade devemos ter em nosso planejamento o resultado que pretendemos obter, de acordo com o resultado que a criança apresentar na participação, na execução e na interação com a tarefa assim ele será avaliado.
Dessa forma, planejando, executando e avaliando, poderemos melhor avaliar nossas crianças e quantificar através das notas seus resultados.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Nossas escolas não podem mais ser depósitos de crianças!


A realidade das escolas públicas em nosso país hoje pode ser analisada sobre diferentes aspectos. Uns positivos, outros negativos.

Positivos quando analisamos sob o prisma das dificuladades e ainda vemos crianças andando em pau de arara, atravessando rios, andando por entre matas, por estradas perigosas, acordando de madrugada e retornando com fome ao entardecer pelo simples prazer que se mistura a necessidade de aprender. Aprender pra sair dessa vida de dificuldades, de privações, pra ter outra sorte que não a de seus pais, agrilhoados ao analfabetismo. Elas, na realidade sabem que o único caminho é o caminho das letras, da educação, e quando o fazem com prazer, nenhum sacrifício torna-se maior que o desejo de saber.
Positivos também quando olhamos o comprometimento e sacerdócio de alguns mestres (que não podemos deveras chamá-los de professores, porque seria muito pouco para qualificá-los). Mestres que se esquecem de si, pela missão de educar, e que não se envaidecem com o eu sei, o eu posso mais. Às vezes se desdobram para presentear seus alunos com letras, com números, com palavras e frases.

Negativos quando chegamos à conclusão de que nossas escolas se transformaram em DEPÓSITOS DE CRINAÇAS.
Crianças que não têm o menor apoio da família, que na maioria das vezes entrega toda responsabilidade por essa criança na porta da escola. Ninguém aprende sem o mínimo de estímulo - que deveria ter raízes em casa.
Crianças que são entregues à própria sorte, que serão o que o mundo permitir que sejam.
Crianças frutos de políticas assistencialistas, apelidadas de "BOLSAS".
Não é assim que se educa, não é dando o peixe, mas é dando a vara, a linha, o anzol, e principalemte, ensinando a pescar!
Não adianta amparar, resolve-se esse problema, porque tornou-se um problema social, criando políticas que capacite, que valorize, que possibilite. Só assim se cresce, caso contrário, é mais fácil dormir e esperar o certo ao fim do mês.
Crianças que aprendem muito cedo o lado marginal da vida e que "dessa" aprendizagem fazem oportunidade, e infelizmente engrossam o caldo da marginalidade.
Crianças que não têm carinho, que conhecem a vida pelo outro lado da porta de casa, o lado de fora, o lado da rua, o lado da exclusão.

A realidade do nosso país precisa mudar, urgente! Não podemos mais permitir que nossas crianças sejam tão desvalorizadas, que cresçam como engrossante das camadas marginalizadas de nossa sociedade. Não podemos mais permitir que nossas crianças precisem se dar, por não ter oportunidade, por não vislumbrarem outra saída.
Nossas crianças não podem mais ser depositadas em nossas escolas, a educação precisa começar e se prolongar para família.
Enquanto não houver atenção para essa realidade, continuaremos perdendo nossas crianças e não conseguiremos minimamente controlar a marginalização. Não é isso que elas merecem, mas é apenas isso que conseguirão em suas vidas.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Somos iguais e diferentes


Para quê palavras diante desta cena:
"Jovens rindo e se divertindo, na maior algazarra!Algazarra sim!Eram três gesticulando, rindo e se divertindo!"
Eufóricos! e uma cena linda!
Ao ver mais de perto a descoberta - eram surdo-mudos, e faziam algazarra, riam e se comunicavam atráves dos gestos - LIBRAS - a linguagem deles, a linguagem que eles dominavam como nós falantes. Comunicavam-se com perfeição e rapidez.
Diante dessa cena, para que palavras?
Em situação de igual complexidade para quem vê com outros olhos, cegos enxergam a vida com a alma, e se superam sempre, e superam a vida a cada instante, enquanto nós, nos deixamos superar pela vida e pelos obstáculos que julgamos intransponíveis.
SOMOS IGUAIS.Apesar das diferenças.
Precisamos arregaçar as mangas e lutar pela igualdade, porque ela é possível.
É preciso criar políticas urgentes que atendam essas pessoas ESPECIAIS, não deficientes, porque ESPECIAIS e formidáveis são as palavras certas para qualificar a SUPERAÇÃO.
É por dignidade, não por assistencialismo. Apesar das diferenças e das dificuldades impostas por uma sociedade julgadora e egoísta que pessoas portadoras de deficiência, que chamamos deficientes, mas que deveriam ser chamados de VENCEDORES, devem ter seus direitos respeitados e temos que fazer nossa parte facilitando seus acessos a lugares públicos, às escolas, porque essas pessoas tem capacidades e talento.
É preciso acolhé-los como iguais, porque eles são iguais, é preciso não assistir com políticas que apenas os excluem, mas com políticas que fortaleçam a sua dignidade - eles são capazes!e, só quem observa ao longe uma cena dessas, pode descrever a emoção de ver que apesar da deficiência, eles se superam e se transpõem a cada instante.