Este blog é uma ferramenta indispensável para divulgar meu trabalho e para um enriquecimento dos que se dedicam a pesquisa em educação.

Usem sempre quando precisarem e, quando citarem é necessário que seja mencionado:
OLIVEIRA, Michele Pereira. www.educacaoeinclusao.blogspot.com
Obrigada, e estou a disposição sempre que necessário nos endereços de e-mail indicados.

domingo, 6 de novembro de 2011

Contos de fadas.

Alguém já parou para pensar como os contos de fadas e as histórias infantis de relacionam com os problemas sociais cotidianos, e como eles são fontes riquíssimas para promover debates, análises críticas, aprofundamentos e mudanças de posturas, principalmente nas salas de aula?

Analisem a historinha da Chapeuzinho Vermelho, tão presente na infancia de muitas gerações:
Que família era aquela?
- Uma família muito parecida com as famílias atuais, uma família de mulheres. Mãe, filha e avó. E o pai? onde aparece esse pai? - não aparece em momento algum da história. Chapeuzinho Vermelho era criada pela mãe, que por sua vez não morava perto da vovó, e que por sua vez, já era viúva, ou era simplesmente mãe solteira da mãe de Chapeuzinho.
E, em um belo dia, a menina se lança no mundo, para levar doces para a vovó, saindo da redoma de superproteção da sua mãe.
E aí, nos deparamos com os dois caminhos, que provavelmente indicam os caminhos do amadurecimento,  crescimento; um mais longo e outro mais curto.
Nesse caminho a menina encontra-se com o lobo - finalmente a figura masculina - de forma enganadora, será? ou será que por não ter a presença masculina ela não sabia como lidar com esse arquétipo? que a engana, a ludibria, a faz percorrer o caminho mais longo, o que chega antes dela na casa da vovó, que também por não ter a figura masculina em sua vida, é comida.
E, novamente, Chapeuzinho ´é enganada por esse lobo mau, até que chega o caçador! o redentor que lhe salva e a sua vó das garras do lobo malvado.
Essa realidade do lobo mau e do caçador está relacionado a questão da sexualidade, da busca do namorado ideal, do sofrimento com os amores malvados, e enfim o encontro com o amor tranquilo, que lhe salva.
Essas situações são cotidianas e trazer o conto de fada para a sala de aula é promover essa inteiração lúdica entre a história e as vivências de nossas crianças e adolescentes nas escolas.

Outra história interessante a ser recontada é a da Branca de Neve. E porque não Negra de Neve? Recriar essa história promovendo um trabaalho étinco racial na escola é um questão de promover uma relação intercultural. Como poderia ser essa Negra de Neve? Tão bonita quanto a Branca de Neve, tão pura quanto ela, tão mágica quanto ela. E dar nova cara a uma historia que prioriza o belo, mas o belo não tem cor, apenas é belo.

Também é possível trabalhar as questões da sexualidade usando as mesmas histórias. Por que a princesa tem que se apaixonar pelo príncipe? e porque não pela irmã do príncipe? porque as relações tem que ser heterossexuais? e não podem sobremaneira ser homossexuais? Vivemos em uma sociedade multicultural e que dá conta de inúmeras formas de relações.
Assim, abre-se o leque de forma sutil, e nada agressiva para mostrar que homo ou heterossexual as relações afetivas precisam ser encaradas com naturalidade e que tenham seu lado positivo exposto: ambos estão em busca do amor. 
É preciso implantar um cultura de paz em nossas escolas.
Então, vamos começar? 

sábado, 29 de outubro de 2011



Que educação

é essa?
Quem estamos
sendo permitidos formar?




sábado, 22 de outubro de 2011

Trabalho entregue, trabalho publicado! EDUCAÇÃO UM DIREITO PARA TODOS

Resumo



Este artigo trata dos desafios de se fazer valer os Direitos Humanos no ambiente escolar, seus desafios, ante uma sociedade corrompida, e as entraves encontrados política e socialmente para que todos possas cumprir seus deveres e tomar posse de seus direitos.

Palavras-chave: educação, Direitos Humanos, deveres.



Introdução

Nos dias atuais, fazer valer os direitos e cumprir com os deveres, têm se configurado uma tarefa árdua. Muitos cobram, poucos cumprem, e a sociedade se encontra perdida em seus desafios e distante de acompanhar a evolução que se interpõe nas relações humanas.

Quanto mais evolui a sociedade, mais direitos e deveres são conquistados e impostos e mais complexas se tornam as relações humanas. As famílias se remodelam, as necessidades aumentam e nos tornamos mais evoluídos em determinados segmentos. Entretanto, ainda há uma necessidade básica do ser humano que o torna capaz: a educação.

Assim, escola e família, têm a necessidade de trabalhar em parceria e exigir do Estado, o direito que lhes é dado ao nascimento. Tanto a escola quanto a família tem direitos e deveres desde sua concepção.

Ao ser construída a escola tem o dever de oferecer às famílias tudo que lhe compete por lei, e também tem o dever de cobrar da família seu dever enquanto família, e esta, da escola os seus deveres enquanto escola, e ambos do Estado, o que lhe é obrigação garantida por lei.

Entretanto, a relação família x escola x Estado, diante dos desafios sociais, tornam frágeis os contratos que devem ser estabelecidos para que a garantia da educação se faça com qualidade e realmente prepare novos cidadãos para assumirem os compromissos com a modernidade, com o mundo globalizado e que exige cada vez mais capacidade de transformação, adaptação e competição dos que buscam uma participação efetiva na sociedade a qual fazem parte.

Assim esse trinômio anteriormente citado, família x escola x Estado são o tripé fundamental para a garantia de manutenção de uma sociedade justa e igualitária.



1 – Dos direitos humanos.



[...] Artigo 26.

1. Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.

2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz.

3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos [...] (UNESCO, 1998, p.5).



Partindo desta afirmação estabelecida pelo Artigo 26 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela Resolução 217 A (III) da Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948, torna-se direito assegurado do ser humano a educação, e onde se põe o direito também se estabelecem deveres.

Deveres esses do Estado em garantir sua seguridade e da família em fazer valer os direitos das crianças à educação.

Diante do exposto, estão Estado e família cumprindo com seus deveres?

Quando observamos que há mais crianças buscando seu direito pela educação, e menos vagas do que deveriam nas escolas que são observadas pelas “listas de espera por vagas” é perceptível que o Estado tem falhado no seu dever de assegurar que a educação seja gratuita e direito do cidadão.

O mesmo se observa quando o precário estado das escolas públicas são postos a prova. Prédios depredados, sem condições de uso, sem oferecer muitas vezes as mínimas condições de trabalho aos professores e de aprendizagem ao aluno, uma vez que são precárias as condições de trabalho, também são as condições de aprendizagem.

No que diz respeito ao dever da família, também são propostos questionamentos, principalmente no que valoriza a participação da família no processo educacional de seus filhos quando podemos observar que esta a cada dia mais responsabiliza a escola pela “educação” de seus filhos. Educação? Não deveria ser ensino? Assim, em desvio de função a escola vem tomando para si funções que outrora eram familiares., caracterizando um enorme desafio para a escola contemporânea.

Assim, a educação que é um direito de todos passa a ser alvo de uma desigualdade social, entretanto, ainda, a educação é um pré-requisito necessário à liberdade civil, pois os direitos civis se destinam a ser utilizados por pessoas inteligentes e de bom senso, que aprenderam a ler e escrever, segundo Viana e Casari (2010, p.234).

Complementando o discurso dos autores anteriormente citados, Boto, faz a seguinte afirmação:

 
[...] É freqüente, no discurso da educação, oporem-se como antagônicas a idéia da democratização do ensino como extensão de oportunidades de acesso à escolarização e a idéia de uma qualidade de ensino que acompanhe padrões técnico-pedagógicos intrínsecos a uma suposta aplicação de teorias pedagógicas em sala de aula. O assunto contempla, portanto, a seguinte polêmica: geralmente, quando se irradia a instrução pública – com o fito de progressivamente universalizar seu acesso –, serão incorporadas populações anteriormente excluídas do acesso à escola [...] (BOTO, 2005, p. 778-779).
Teoricamente, a educação é um direito de todos, mas quando se aprofundam os estudos e se pretende pesquisar o assunto, é notável que apesar de garantir a igualdade, a educação não está acessível a todos.

Muitas são as estatísticas que apontam a falta de vaga nas escolas públicas, a falta de escolas em algumas regiões do país, os altos índices de evasão escolar, os altos índices de trabalho infantil, a comercialização da educação a altos custos, que distanciam a educação de ser direito de todos e dever do estado.

Quando o estado permite que crianças trabalhem (permite porque fiscaliza mal), suprime o direito comum, e ainda reforçam a ilegalidade e a concepção do trabalho escravo, ilegal e indigno, em detrimento da necessidade básica e distribuição democrática da educação para todos.

Quando o estado falta com seu dever de garantir a educação de qualidade e para todos, nos deparamos com escolas precárias e depredadas, salários baixos dos professores que vivenciam o declínio profissional, famílias alienadas e com o descompromisso com a educação dos filhos, aumento da violência nas escolas, vagas insuficientes para dar conta de toda a demanda.

[...] E, de qualquer maneira, é preciso transformar o tema em uma questão intelectual a se debater, especialmente quando nós, educadores, lidamos com o cotidiano das situações em que problemas relativos a valores – queiramos ou não – colocam-se no dia-a-dia de nossas salas de aula [...] (BOTO, 2005, p. 782).

Assim, diante do exposto, a função de educar em sala de aula, abarca problemas sociais muito maiores que a tarefa de transmitir e produzir conhecimento, uma vez que o professor e a escola tomam para si, funções que não são deles próprias, mas que se interpõem ao processo educacional e se avolumam para dentro dos muros da escola, mudando os rumos da educação e a função da escola que se confrontam com funções que não são dela próprias.

Ainda de acordo com Boto (2005, p. 784), práticas e rituais escolares inventam um modo distinto de ser humano, que, por sua vez, contrapõe-se com frontalidade aos particularismos das camadas populares e, por vezes, até mesmo à língua falada nas comunidades e nas famílias, reinventando sua prática educacional a fim de adaptá-la a nova realidade que se interpõe as novas necessidades da educação nos tempos autuais e da sociedade que exige cada vez mais da escola.

Ainda assim, continua o estado faltando com seu dever quando levanta a bandeira da educação para todos, quando ainda faltam vagas, faltam oportunidades e falta o princípio básico da democracia, fundando seu discurso meramente político, numa necessidade e direito do cidadão adquirido ao nascer,

 
[...] O equívoco dessa idéia reside em desconhecer que a extensão de oportunidades é, sobretudo, uma medida política e não uma simples questão técnico-pedagógica. A ampliação de oportunidades decorre de uma intenção política e é nesses termos que deve ser examinada. Aliás, não poderia ser de outra maneira, pois, qualquer que seja o significado que se atribua, atualmente, ao termo “democracia”, não se poderia limitar a sua aplicação a uma parcela da sociedade... Não se democratiza o ensino, reservando-o para uns poucos sob pretextos pedagógicos. A democratização da educação é irrealizável intramuros, na cidadela pedagógica; ela é um processo exterior à escola, que toma a educação como uma variável social e não como uma simples variável pedagógica [...] (BOTO apud AZANHA, 1987, p. 41).

Assim funda-se uma escola que ainda exclui, apesar de carregar consigo o preceito da igualdade, uma escola que é omissa, que é política e que se curva ante ela, que mascara as diferenças, que enfatiza o ter e não o ser, que assume responsabilidade que não são suas, que tomam para si funções de outros, que são superlotadas, que se submetem à precariedade que lhes é imposta, que não forma, apenas funciona como aparelho do estado, que não garante nada além com certificado de conclusão ao fim do processo a que ela se propõe, num movimento onde o estado finge que não vê a escola finge que não acontece tendo como vítimas a sociedade que busca na escola a garantia da inclusão.


[...] Existe um subterrâneo procedimento excludente interno à escolarização; advindo este de fatores que estão fora da escola: em nome do talento e do dom, é possível desqualificar a criança que se supõe não possuir a mesma capacidade dos outros.

A cultura escolar possui, de alguma maneira, um caráter atestador de um dado padrão cultural erudito e letrado, que inclui com facilidade aquelas crianças provenientes de famílias já incluídas no mesmo padrão de letramento erudito. Na outra margem, são da escola silenciosamente expurgados os jovens que não se identificam com o habitus e com o ethos institucional; jovens que não compartilham – por não terem conhecimento prévio – dos significados culturais inscritos na própria acepção de escola. Para Pierre Bourdieu, a educação escolar exerce sobre as camadas populares níveis sobrepostos de violência simbólica, dado que, além de referendar o capital cultural dos alunos pertencentes às camadas privilegiadas da população, convence aqueles que não são “herdeiros” da mesma cultura erudita de que são eles os responsáveis por seu próprio malogro na escola [...] (BOTO, 2005, p.788).


Assim, Boto (2005, p. 795), nos interroga a despeito das encruzilhadas para as quais este diálogo entre educação e direitos humanos nos possa conduzir, cabe recordar que, antes de tudo, uma escola de boa qualidade ainda é, pela lei e pelo direito consuetudinário, dever de Estado e direito subjetivo do cidadão. Que escola é essa?

Que se constrói, se desconstrói e se reconstrói, na tentativa de assegurar a igualdade, o direito de todos e de cumprir seu papel social ante uma sociedade que se remodela a fim de se solidificar para atender as demandas advindas da modernidade que se antepõe ao tempo, exigindo cada vez mais formação, cada vez mais capacitação e cada vez mais adaptação ao meio. É escola, entretanto, o instrumento formador, capacitador que é o mediador da evolução da humanidade que caminha rumo a superação, apesar de não ser a redentora dos pecados dessa mesma humanidade, que exclui os mais fracos, os menos preparados, os que menos tiveram oportunidades, reforçando a lei da dominância, da hegemonia.

Entretanto, Boto (2005, p. 795), afirma que:


[...] A escola traz, em sua dinâmica interna, a alegria da descoberta de uma cultura outra, que não é mesmo, nem deveria ser, a cultura do dia-adia. O domínio desse repertório clássico supomos ser valoroso para que o estudante decifre melhor enigmas e obstáculos de seu cotidiano. A escola deve ser – ela mesma, por seus ritos, práticas e gestos – esclarecedora, dado que, mesmo que o deseje, não foge da eleição de valores e de postulados de vida. A escola que socializa ensina também. Ensinar o quê? A alegria da descoberta daquilo que, sendo valioso, nem por isso deixa de ser difícil, daquilo que, sendo difícil, convida-nos à alegria cultural do encontro...[...]


Em uma análise mais passional que racional, a escola ternamente deveria ser o lugar de apropriação de conhecimento, entretanto, ainda há muito que se fazer, ainda há muitas muralhas a serem derrubadas bravamente para que a escola garanta a igualdade, a formação sem distinção, a liberdade do ser humano ante as amarras da ignorância do não saber, a constituição do ser humano pleno de seus direitos, capaz, crítico e transformador.


Conclusão


Socialmente, temos tanto deveres como obrigações. E, um dos direitos fundamentais do ser humano é o direito a educação, garantido por lei, e que deve ser exigido tanto da família, quanto da escola e do Estado. Entretanto, cada qual deve cumprir com suas obrigações.

As famílias em buscar seus direitos, o Estado em garantir vagas e na outra ponta a escola em garantir que a educação se dê de forma igualitária e com qualidade para todos.

Assim cada qual cumprindo com seu papel, na garantia do direito do ser humano ao nascer, caminharemos para uma sociedade justa, igualitária, que acompanha a evolução que é própria do homem em busca de transformação social, evolução científica e garantia de sobrevivência com qualidade.

A partir da garantia de uma educação que forme, que transforme e que liberte, mais igualitários e justos seremos socialmente.



quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Mãos hábeis, mãos débeis...

O homem é a síntese da evolução das espécies.
Totalmente dependente ao nascer, sobrevive na corda bamba ( ou bomba!) da caridade dos seus genitores. Uma noite ao relento, exposto às intempéries do tempo e à falta de alimento e agasalho, torna-se presa fácil da sua fragilidade.
Mamífero, e sem o desenvolvimento das suas funções motoras e inconsciente da sua vontade , é totalmente dependente de ooutrem. Sua evolução é lenta, sua coordenação vagarosa, e sua independência pode demorar décadas.
O homem ao nascer, vegeta, rasteja, permanece quadrúpede por meses até alcançar a máxima de ser bípede e se equilibrar sobre seus pés.
Em contínuo processo evolutivo, o homem escreve sua história. Do nascer ao morrer. Vive, sobrevive, sorri, chora, manipula, constrói, destrói, ama e fatalmente odeia.
Do fogo às bombas, da roda ao avião.
Do ieroglifo ao Tablet, do telegrama à rede que interliga computadores mundo a fora, tornando a comunicação um feito grandioso face à instantanidade, superando a grande invenção do telefone e da televisão.
O homem sempre supera e se supera a ponto de usar sua soberania ante às espécies e brinca de ser Deus.
O homem conseguiu superar o que pode pôr fim a sua espécie - a infertilidade, e bebês e mais bebês são fabricados em laboratórios tal qual um objeto em uma fábrica, e para superar esse feito, já se pode escolher sexo, cor de cabelos, de olhos, e não satisfeito com sua superioridade, reproduz e produz espécies animais, levando em conta a melhoria, o apuramento das espécies - o que nos retoma a um dos maiores devaneios contra a humanidade: o holocausto, a Segunda Guerra Mundial, quando a loucura de se purificar raças era pensado como algo possível.
Antes de purificar raça, o homem deveria pensar em purificar caráter.
Antes de querer brincar de ser Deus, o homem deveria reconhecer sua fragilidade.
Antes de querer ir a Lua, de descobrir novos planetas, o homem deveria preservar o SEU planeta, que é o único que tem.
Antes de querer superar a infertilidade, deveria aprender a não abandonar.
Antes de querer vencer a morte, deveria reconhecer-se frágil demais.
Antes de querer dominar, deveria plantar e cultivar florestas de PAZ, porque paz não se faz apenas com uma bandeira, mas com atitudes, com vontade com coragem.
Antes de alçar vôos cada vez mais altos, deveria entender que o corpo vira pó, mas a alma é eterna.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Até que enfim alguem procura corrigir o "ECA", sigla bem apropriada para o inominavel Estatuto. Já é era hora de se estabelecer deveres e restringir a enormidade de 'direitos' aos menores deliquentes.



Projeto de Lei 267/11


A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 267/11, da deputada Cida Borghetti (PP-PR), que estabelece punições para estudantes que desrespeitarem professores ou violarem regras éticas e de comportamento de instituições de ensino.

Em caso de descumprimento, o estudante infrator ficará sujeito a suspensão e, na hipótese de reincidência grave, encaminhamento à autoridade judiciária competente.

A proposta muda o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) para incluir o respeito aos códigos de ética e de conduta como responsabilidade e dever da criança e do adolescente na condição de estudante.


Indisciplina

De acordo com a autora, a indisciplina em sala de aula tornou-se algo rotineiro nas escolas brasileiras e o número de casos de violência contra professores aumenta assustadoramente. Ela diz que, além dos episódios de violência física contra os educadores, há casos de agressões verbais, que, em muitos casos, acabam sem punição.

O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.





PASSEM PARA TODOS OS PROFESSORES....VAMOS APOIAR!!!!!!!



sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Pânico na escola!

Em uma semana vivemos em nossa escola duas situações de pânico total.
Quinta feira passada, vivemos um divisor de águas na Escola Terra Vermelha. O que antes era controlável, desse dia em dianta perdeu o controle. Quinta feira, vivemos uma rebelião entre os alunos, com a presença da PM que foi desacatada por eles e recebida a xingamentos, que em estado de nervosismo a flor da pele, gritava, apontava arma para os "visitantes" que adentraram os muros da escola, causando um pânico geral entre alunos e professores.
O que antes não passava de briga de menino, de palavrões, de ofensas suportáveis, tomou uma dimensão de alerta.
Carro de professor virou alvo, pneu furado, provavelmente em represália ao fechamento do buraco que havia sido feito no muro.
SImbolicamente, o buraco queria dizer muito: insatisfação, descontentamento, liberdade, livre acesso, e a falência do muro da escola.
Hoje, o pânico foi geral - uma pedrada que não se sabe de onde veio acertou em cheio a cabeça de uma menina que passava de bicicleta na rua (por azar, essa menina é sobrinha do chefe do tráfico), e um aluno em LA - liberdade assistida que matava aula no horário, do lado de fora da escola, foi quem a socorreu. Levou-a para casa e voltou. Entrou pelo portão de bicicleta e elegeu um culpado (indicado pelos próprios alunos) - vale ressaltar que foi verificada a participação do eleito na ação e refutada a hipótese - e desferiu-lhe socos no rosto, minutos após, a escola já tinha sido invadida por um traficante armado para matar o aluno que estava escondido e protegido na sala dos professores. CORRERIA TOTAL, GRITARIA GERAL - entre alunos e professores. Minha ação imediata foi comunicar os outros professores do risco que corríamos e fechar sala por sala, tirando os alunos do corredor.  Do lado de fora a bandidada estava de prontidão, esperando o primeiro que saísse, e gritando pela cabeça do menino. A polícia logo chegou para tomar as providências, logo vieram o pai do mesmo e uma tia da menina ferida. Com muito jeito e custo, conseguimos provar a inocência do menino e aliviar sua barra, uma vez que tínhamos certeza da sua inocência.
Quando achávamos que estava tudo controlado, chega-nos a noticia de que a escola seria invadida no turno vespertino. E nos encontramos refém de uma sociedade partida que leva toda uma sorte de problemas sociais para dentro da nossa escola.
Sob o olhar do panóptico de Foucault, a escola ainda, apesar de toda evolução, se estrutura sob a simbologia da fábrica, do hospício, do hospital e da cadeia.
Fábrica, quando ainda tentamos produzir modelos, formas iguais, regidos por um currículo igual sem respeitar as diversidades e os tempos/espaços dos educandos;
Hospicio quando vivenciamso loucuras que nos fazem reféns e que nos torna alienados;
Hospital uma vez que adoecemos na escola e pela escola, e vivemos em uma sociedade altamente doente e, cadeia quando ainda nos damos ao luxo de registrar ocorrênicias, de chamar reforços.
Existe toda uma problemática social que invade sem pedir licença nossas escolas e ainda não nos damos conta disso quando usamos a avaliação para determinados alunos como castigo e a reprovação como solução. Somos reféns da sociedade em que vivemos.

Os discursos presentes eram:

"aqui não tem perdão, fez morre!"
" o menino vai morrer, eles vão matar ele, se não for hoje vai ser amanhã, ele tem que sumir do bairro!"
"se houver aula, vão invadir a escola, esse é o recado da rua!"
"professora, meu irmão está lá embaixo, pode acontecer alguma coisa com ele!"
"meu filho, deixa eu levar ele embora daqui " pais que começaram a chegar para levar seus filhos embora da escola em meio a confusão.
"eu quero ir embora, abre o portão, senão a gente derruba!"
"não foi ele!"
"ele levou três socos na cara, que deu pra escutar o estalo do osso!"
"não pedimos para ninguém fazer nada, minha mãe mandou eu vir correndo pra escola pra resolver, porque ela sabia que eles iam bagunçar a escola."
"vou conversar com eles e pedir pra encerrar o assunto"
"vou "desembolar" a parada com o pessoal do movimento, eles vão dar conta dos socos que meu filho levou na cara, bateu, vai ter que pagar."
"aqui ninguém deixa pra depois"

No facebook as Professoras Luíza Alves de Geografia e  Joyce Alborguetti  de  História, trocaram os seguintes posts ontem dia 19/08/2011:

"Emoção do dia: se sentir na escola de Realengo! A diferença: não teríamos pra onde correr porque os portões (3) da escola estão trancados. Ver seus alunos chorando, e você, mais apavorada que eles tendo que manter a calma, enquanto chegam os policiais. Que des-envolvimento é esse que passa na TV? Que paz é essa? Que porra de educação é essa? Não tem ninguém sorrindo contente em Terra Vermelha com o des-envolvimento que nosso governador berra pra todo país que chegou ao ES" .

Também no facebook a professora Josi Freire de artes postou ontem o seguinte comentário:

".... OBRIGADO SENHOR por td ter acabado bem na escola, pensei que nunca fosse vivenciar coisa assim ...."


Foram momentos de pânico total, imprevisíveis (na dimensão), ou não! nossa escola virou uma panela de pressão, e o medo faz parte do nosso cotidiano, o envolvimento é inevitável, e quando nos damos conta, estamos no olho do furacão, tentando proteger os meninos, tentando trancá-los nas salas e manter a calma. Quase impossível! A gritaria foi geral, o pânico também. Sei que essa é só mais uma das ocorrências, sei que algo pior pode acontecer, e não aconteceu ontem por muito pouco!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Meus heróis morreram de overdose...
meus inimigos, estão no poder...
Ideologia, eu quero uma pra viver...
ideologia... para viver!

Até quando teremos que nos deparar que jovens talentos se entregam às drogas e morrem precocemente por conta desta?

Até quando vamos ter que acordar com a notícia de mais um aluno preso, de mais um aluno morto?

Até quando o Brasil vai se omitir às necessidades de nossos jovens? eles querem muito mais que comida, eles querem comida, diversão e arte!

Acorda Brasil! tem muito talento escondido por entre sua brava gente. Tem muito jovem talentoso escondido por trás dos muros de suas escolas, gritando por uma oportunidade!

Tem muito jovem que faz e acontece por pura ideologia sem que sua voz possa ecoar, que lutam bravamente por uma causa que é a maior das causas sociais da atualidade: ocupar os jovens e incentivá-los a produção artística!

Bonde do Kebra Free Stile Terra Vermelha é o mais novo exemplo de jovens talentos.
Indo contra a própria sorte esses meninos fazem acontecer...


As imagens não estão boas, mas fica a mensagem que é o mais importante.
Com um projeto independente, e sem maiores apoios, esses meninos le-
vam a arte, a música e a dança para uma das 5 regiões mais perigosas
e com maior índice de criminalidade do E.S. . Região esta que é apenas
noticiada pelo  tráfico, criminalidade, assassinatos. E o lado bom da coisa?
Porque não é noticiado? Esses meninos tem uma dança cheia de alegria,
projeto capoeira, tem músicas gravadas, tem o cunho social de levar os
adolescentes e jovens para o meio artístico. Porque não é noticiado?
Conto com vocês que seguem meu blog, para divulgar os meninos.









Meninos, tenho orgulho de vocês!!!!!!!!!!


Escola Terra Vermelha - apresentação do Bonde do Kebra.



Cultura Popular

O Bonde do Kebra, atua de forma independente na Terra Vermelha, Vila Velha, com um projeto social ousado, e emocionante.
Com a força da capoeira, da dança e do funk, esses meninos de ouro, atuam na comunidade trazendo os jovens e adolescentes para uma nova realidade, onde o sonho ainda é possível.
Minhas honras a esses meninos de ouro.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

"No futebol, o Brasil ficou entre os 8 melhores do mundo e todos estão tristes.

Na educação é o 85º e ninguém reclama..."





EU APOIO ESTA TROCA!



TROQUE 01 PARLAMENTAR POR 344 PROFESSORES



O salário de 344 professores que ensinam = ao de 1 parlamentar que rouba



Essa é uma campanha que vale a pena!



Repasso com solidária revolta!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Nota no site oficial do Governo do Estado do Espírito Santo

A nota do aulão de matemática também está mencionada em:

http://www.es.gov.br/site/noticias/show.aspx?noticiaId=99721678

Site oficial do Estado do Espírito Santo.


Notícias

20/06/2011 17:08
Educação



Aulões de Matemática preparam alunos para o Paebes



A Escola Estadual Terra Vermelha, localizada em Vila Velha, concluiu a 2ª Semana de Intervenção Pedagógica com os alunos da 8ª série do Ensino Fundamental, em preparação para o Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo (Paebes). Desta vez os aulões foram dedicados à Matemática, sendo que a primeira semana foi voltada aos estudos de Língua Portuguesa.



Durante esse período de preparação, as outras disciplinas da carga horária escolar foram retiradas provisoriamente do horário e os estudantes ficaram envolvidos apenas com os cálculos. A professora Michele Pereira disse que preparou uma apostila de exercícios, que foi entregue aos alunos e também está disponível para os demais estudantes da unidade.



“O professor Joelson Vieira e eu juntamos as duas turmas e trabalhamos não só os conteúdos referentes à 8ª série, mas também os de 5ª, 6ª e 7ª séries que não ficaram muito claros para eles. Para reforçar ainda mais, já solicitei outro horário para relembrar os conteúdos de Geometria”, explicou a professora.



O interessante, disse a professora, foi que a mãe de uma das alunas, a senhora Tânia Alves, pediu para assistir aos aulões e se dedicou muito ao aprendizado do conteúdo.



Michele Pereira também explicou que a participação da família na escola é de muito importante para a educação dos alunos. “Através da Semana de Intervenção Pedagógica podemos mostrar nosso compromisso como professores. Acreditamos numa resposta positiva, que favoreça, assim, o Índice de Desenvolvimento Escolar (IDE) de nossa instituição”, finalizou a professora.



O programa



O Paebes foi instituído pela Sedu em 2004, com o objetivo de avaliar o sistema de ensino de modo permanente e contínuo. Também visa a diagnosticar o desempenho dos alunos em diferentes níveis de escolaridade e áreas do conhecimento, além de subsidiar a implementação, a reformulação e o monitoramento de políticas educacionais.



Os resultados das avaliações são repassados às escolas para que suas equipes revejam projetos pedagógicos e possam definir mais claramente metas de aprendizagem e objetivos do ensino.





Informações à Imprensa:

Assessoria de Comunicação/Sedu

Rovena Storch/ Aline Nunes/ Karolina Gazoni

Tels.: 27 3636-7705 / 3636-7706 / 3636-7707

E-mail: rsdamasceno@sedu.es.gov.br/aanunes@sedu.es.gov.br/ kpgbissoli@sedu.es.gov.br / jbpaiva@sedu.es.gov.br

Twitter: @sedu_es

Texto: Juliana Borges



Novamente no www.sedu.es.gov.br

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Aulões de Matemática preparam alunos para o Paebes





20/06/2011 - 16:50



A Escola Estadual Terra Vermelha, localizada em Vila Velha, concluiu a 2ª Semana de Intervenção Pedagógica com os alunos da 8ª série do Ensino Fundamental, em preparação para o Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo (Paebes). Desta vez os aulões foram dedicados à Matemática, sendo que a primeira semana foi voltada aos estudos de Língua Portuguesa.



Durante esse período de preparação, as outras disciplinas da carga horária escolar foram retiradas provisoriamente do horário e os estudantes ficaram envolvidos apenas com os cálculos. A professora Michele Pereira disse que preparou uma apostila de exercícios, que foi entregue aos alunos e também está disponível para os demais estudantes da unidade.



“O professor Joelson Vieira e eu juntamos as duas turmas e trabalhamos não só os conteúdos referentes à 8ª série, mas também os de 5ª, 6ª e 7ª séries que não ficaram muito claros para eles. Para reforçar ainda mais, já solicitei outro horário para relembrar os conteúdos de Geometria”, explicou a professora.



O interessante, disse a professora, foi que a mãe de uma das alunas, a senhora Tânia Alves, pediu para assistir aos aulões e se dedicou muito ao aprendizado do conteúdo.



Michele Pereira também explicou que a participação da família na escola é de muito importante para a educação dos alunos. “Através da Semana de Intervenção Pedagógica podemos mostrar nosso compromisso como professores. Acreditamos numa resposta positiva, que favoreça, assim, o Índice de Desenvolvimento Escolar (IDE) de nossa instituição”, finalizou a professora.



O programa



O Paebes foi instituído pela Sedu em 2004, com o objetivo de avaliar o sistema de ensino de modo permanente e contínuo. Também visa a diagnosticar o desempenho dos alunos em diferentes níveis de escolaridade e áreas do conhecimento, além de subsidiar a implementação, a reformulação e o monitoramento de políticas educacionais.



Os resultados das avaliações são repassados às escolas para que suas equipes revejam projetos pedagógicos e possam definir mais claramente metas de aprendizagem e objetivos do ensino.





Informações à Imprensa:

Assessoria de Comunicação/Sedu

Rovena Storch/ Aline Nunes/ Karolina Gazoni

Tels.: 27 3636-7705 / 3636-7706 / 3636-7707

E-mail: rsdamasceno@sedu.es.gov.br/aanunes@sedu.es.gov.br/ kpgbissoli@sedu.es.gov.br / jbpaiva@sedu.es.gov.br

Twitter: @sedu_es

Texto: Juliana Borges







segunda-feira, 23 de maio de 2011

Reconhecimento do trabalho!




No link abaixo, novamente a citação do meu trabalho no  Folha Vitória.

http://www.folhavitoria.com.br/site/?target=coluna&cid=143&pagina=1&post=23363

É sempre importante propor soluções práticas e valiosas e de interesse público geradoras de práticas cidadãs.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Saiu no site da SEDU - ES - www.sedu.es.gov.br

Dengue é tema de projeto na Escola Terra Vermelha





28/04/2011 - 14:41



Com o objetivo de combater a dengue e promover a responsabilidade social, a Escola Estadual Terra Vermelha, em Vila Velha, realiza com os alunos de 5ª a 8ª séries o projeto “Todos no combate a dengue”.



A iniciativa partiu da professora de Matemática, Michele de Oliveira Pereira, que levou para a escola formas que ajudam a prevenir a doença. Uma delas é o repelente natural. “A receita é de baixo custo, não agride o meio ambiente e pode ser usada no corpo sem medo”, revelou. O produto é feito com meio vidro de óleo de amêndoas, um pacote de cravo da índia em pó, 30 ml de álcool, que devem ser misturados e aplicados pelo corpo.



Outra alternativa é o uso da borra de café. Segundo Michele, quando depositada nos pratos e reservatórios de água das plantas ela impede que o mosquito transmissor da dengue ponha seus ovos.



A unidade de ensino também realizou uma palestra sobre a dengue, onde cada aluno recebeu a receita do repelente natural e a sua forma de utilização. Para a pedagoga Monique Beltrão, iniciativas como essas ajudam a formar futuros cidadãos e a entender o papel de cada um no combate à dengue. “As crianças já desenvolveram um senso crítico em relação à doença. O trabalho surtiu um efeito muito positivo, a partir das ações de controle que foram tomadas pela escola", avalia.





Informações à Imprensa:

Assessoria de Comunicação da Sedu

Karolina Gazoni e Rovena Storch

Tels.: 27 3636-7705 / 3636-7706 / 3636-7707

E-mail: kpgbissoli@sedu.es.gov.br / rsdamasceno@sedu.es.gov.br / arocon@sedu.es.gov.br

Twitter: @sedu_es

Texto: Andressa Rocon

domingo, 24 de abril de 2011

Feriado de molho... não aguento mais tomar injeção...e eu que tinha pânico de agulha, de injeção etc...hoje peço pra aplicarem-na antes da hora para aliviar as dores...
3ª crise de hérnia de disco em 1 ano. Até quando vou ocnseguir protelar a cirurgia do dia 29/04 do ano passado???

quinta-feira, 31 de março de 2011

sexta-feira, 4 de março de 2011

Parabéns!!!

REDAÇÃO QUE VENCEU CONCURSO DA UNESCO





"Como Vencer a Pobreza e a desigualdade"











REDAÇÃO DE ESTUDANTE CARIOCA VENCE CONCURSO DA UNESCO COM 50.000 PARTICIPANTES



Imperdível para amantes da língua portuguesa, e claro também para Professores. Isso é o que eu chamo de jeito mágico de juntar palavras simples para formar belas frases. REDAÇÃO DE ESTUDANTE CARIOCA VENCE CONCURSO DA UNESCO COM 50.000 PARTICIPANTES, dizem que nosso Presidente não gostou do texto, e disse: " Essa acadêmica se não for do DEM, só pode ser Tucana!"



Tema:'Como vencer a pobreza e a desigualdade'

Por Clarice Zeitel Vianna Silva

UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - RJ



'PÁTRIA MADRASTA VIL'



Onde já se viu tanto excesso de falta? Abundância de inexistência. .. Exagero de escassez... Contraditórios? ? Então aí está! O novo nome do nosso país! Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL.

Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter, a abundância de inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de responsabilidade.

O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada - e friamente sistematizada - de contradições.

Há quem diga que 'dos filhos deste solo és mãe gentil.', mas eu digo que não é gentil e, muito menos, mãe. Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil está mais para madrasta vil.

A minha mãe não 'tapa o sol com a peneira'. Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação básica.

E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria da escravidão se soubesse que me restaria a liberdade apenas para morrer de fome. Porque a minha mãe não iria querer me enganar, iludir. Ela me daria um verdadeiro Pacote que fosse efetivo na resolução do problema, e que contivesse educação + liberdade + igualdade. Ela sabe que de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha voz-nada-ativa. A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade. Uma segue a outra... Sem nenhuma contradição!

É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, que quebrem esse sistema-esquema social montado; mudanças que não sejam hipócritas, mudanças que transformem!

A mudança que nada muda é só mais uma contradição. Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar. E a educação libertadora entra aí. O povo está tão paralisado pela ignorância que não sabe a que tem direito. Não aprendeu o que é ser cidadão.

Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade: nossa participação efetiva; as mudanças dentro do corpo burocrático do Estado não modificam a estrutura. As classes média e alta - tão confortavelmente situadas na pirâmide social - terão que fazer mais do que reclamar (o que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)... Mas estão elas preparadas para isso?

Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil.

Afinal, de que serve um governo que não administra? De que serve uma mãe que não afaga? E, finalmente, de que serve um Homem que não se posiciona?

Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente, a um posicionamento perante o mundo como um todo. Sem egoísmo. Cada um por todos.

Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas. Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil? Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil? Ser tratado como cidadão ou excluído? Como gente... Ou como bicho?







Premiada pela UNESCO, Clarice Zeitel, de 26 anos, estudante que termina faculdade de direito da UFRJ em julho, concorreu com outros 50 mil estudantes universitários.

Ela acaba de voltar de Paris, onde recebeu um prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) por uma redação sobre 'Como vencer a pobreza e a desigualdade'



A redação de Clarice intitulada `Pátria Madrasta Vil´ foi incluída num livro, com outros cem textos selecionados no concurso. A publicação está disponível no site da Biblioteca Virtual





Divulguem, aos poucos iremos acordar este "BRASIL".

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Campanha publicitária do Citibank espalhada pela cidade de São Paulo...

"Crie filhos em vez de herdeiros!"

- "Dinheiro só chama dinheiro, não chama para um cineminha, nem para tomar um sorvete!"

- "Não deixe que o trabalho sobre sua mesa tampe a vista da janela!"

- "Não é justo fazer declarações anuais ao Fisco e nenhuma para quem você ama."

- "Para cada almoço de negócios, faça um jantar à luz de velas!"

- "Por que as semanas demoram tanto e os anos passam tão rapidinho?"

- "Quantas reuniões foram mesmo esta semana? Reúna os amigos!"

- "Trabalhe, trabalhe, trabalhe!!! Mas não se esqueça, vírgulas significam pausas!!!"



- "...e quem sabe assim você seja promovido a melhor ( amigo / pai / mãe / filho / filha / namorada / namorado / marido / esposa / irmão / irmã.. etc.) do mundo!"

- "Você pode dar uma festa sem dinheiro. Mas não sem amigos."



E para terminar:

· "Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz!!!

E, a pior e mais distruidora das ações   humanas é ser prisioneira do medo e vítima de auto-sabotagem! 
digo isso por experiência! fui  prisioneira do medo e vítima de mim mesma! e, isso apenas isso me impediu de tomar a atitude mais importante da minha vida!

Paz em nossos corações.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Carta aos Brasileiros.

Carta de:




Igor Pantuzza Wildmann

Advogado – Doutor em Direito. Professor universitário.



Amigos,





Embora há muito tempo desligado daquela instituição, como ex-professor do Instituto Metodista Izabela Hendrix, fiquei profundamente consternado com o caso do universitário que, revoltado com suas notas baixas, cravou uma faca no coração de seu professor, na cantina, em pleno horário escolar, à frente de todos.



Escrevi um desagravo e, em minha opinião, a pérfida ilusão vendida a muitos alunos despreparados, sobre a escola (e a vida) como lugares supostamente cheios de direitos e pobres em deveres, acaba por contribuir para ambientes propensos à violência moral e física.



Espero que, se concordarem com os termos, repassem adiante, sem moderação. A divulgação é livre.







J’ACUSE !!!

(Eu acuso!)

(Tributo ao professor Kássio Vinícius Castro Gomes)

« Mon devoir est de parler, je ne veux pas être complice.

(Émile Zola)

Meu dever é falar, não quero ser cúmplice. (...)

(Émile Zola)





Foi uma tragédia fartamente anunciada. Em milhares de casos, desrespeito. Em outros tantos, escárnio. Em Belo Horizonte, um estudante processa a escola e o professor que lhe deu notas baixas, alegando que teve danos morais ao ter que virar noites estudando para a prova subsequente. (Notem bem: o alegado “dano moral” do estudante foi ter que... estudar!). A coisa não fica apenas por aí. Pelo Brasil afora, ameaças constantes. Ainda neste ano, uma professora brutalmente espancada por um aluno. O ápice desta escalada macabra não poderia ser outro. O professor Kássio Vinícius Castro Gomes pagou com sua vida, com seu futuro, com o futuro de sua esposa e filhas, com as lágrimas eternas de sua mãe, pela irresponsabilidade que há muito vem tomando conta dos ambientes escolares. Há uma lógica perversa por trás dessa asquerosa escalada. A promoção do desrespeito aos valores, ao bom senso, às regras de bem viver e à autoridade foi elevada a método de ensino e imperativo de convivência supostamente democrática. No início, foi o maio de 68, em Paris: gritava-se nas ruas que “era proibido proibir”. Depois, a geração do “não bate, que traumatiza”. A coisa continuou: “Não reprove, que atrapalha”. Não dê provas difíceis, pois “temos que respeitar o perfil dos nossos alunos”. Aliás, “prova não prova nada”. Deixe o aluno “construir seu conhecimento.” Não vamos avaliar o aluno. Pensando bem, “é o aluno que vai avaliar o professor”. Afinal de contas, ele está pagando... E como a estupidez humana não tem limite, a avacalhação geral epidêmica, travestida de “novo paradigma” (Irc!), prosseguiu a todo vapor, em vários setores: “o bandido é vítima da sociedade”, “temos que mudar ‘tudo isso que está aí’; “mais importante que ter conhecimento é ser ‘crítico’.” Claro que a intelectualidade rasa de pedagogos de panfleto e burocratas carreiristas ganhou um imenso impulso com a mercantilização desabrida do ensino: agora, o discurso anti-disciplina é anabolizado pela lógica doentia e desonesta da paparicação ao aluno–cliente... Estamos criando gerações em que uma parcela considerável de nossos cidadãos é composta de adultos mimados, despreparados para os problemas, decepções e desafios da vida, incapazes de lidar com conflitos e, pior, dotados de uma delirante certeza de que “o mundo lhes deve algo”. Um desses jovens, revoltado com suas notas baixas, cravou uma faca com dezoito centímetros de lâmina, bem no coração de um professor. Tirou-lhe tudo o que tinha e tudo o que poderia vir a ter, sentir, amar.



Ao assassino, corretamente , deverão ser concedidos todos os direitos que a lei prevê: o direito ao tratamento humano, o direito à ampla defesa, o direito de não ser condenado em pena maior do que a prevista em lei. Tudo isso, e muito mais, fará parte do devido processo legal, que se iniciará com a denúncia, a ser apresentada pelo Ministério Público. A acusação penal ao autor do homicídio covarde virá do promotor de justiça. Mas, com a licença devida ao célebre texto de Emile Zola, EU ACUSO tantos outros que estão por trás do cabo da faca:



EU ACUSO a pedagogia ideologizada, que pretende relativizar tudo e todos, equiparando certo ao errado e vice-versa;

EU ACUSO os pseudo-intelectuais de panfleto, que romantizam a “revolta dos oprimidos” e justificam a violência por parte daqueles que se sentem vítimas;

EU ACUSO os burocratas da educação e suas cartilhas do politicamente correto, que impedem a escola de constar faltas graves no histórico escolar, mesmo de alunos criminosos, deixando-os livres para tumultuar e cometer crimes em outras escolas;

EU ACUSO a hipocrisia de exigir professores com mestrado e doutorado, muitos dos quais, no dia a dia, serão pressionados a dar provas bem tranqüilas, provas de mentirinha, para “adequar a avaliação ao perfil dos alunos”;

EU ACUSO os últimos tantos Ministros da Educação, que em nome de estatísticas hipócritas e interesses privados, permitiram a proliferação de cursos superiores completamente sem condições, freqüentados por alunos igualmente sem condições de ali estar;

EU ACUSO a mercantilização cretina do ensino, a venda de diplomas e títulos sem o mínimo de interesse e de responsabilidade com o conteúdo e formação dos alunos, bem como de suas futuras missões na sociedade;

EU ACUSO a lógica doentia e hipócrita do aluno-cliente, cada vez menos exigido e cada vez mais paparicado e enganado, o qual finge que não sabe que, para a escola que lhe paparica, seu boleto hoje vale muito mais do que seu sucesso e sua felicidade amanhã;

EU ACUSO a hipocrisia das escolas que jamais reprovam seus alunos, as quais formam analfabetos funcionais só para maquiar estatísticas do IDH e dizer ao mundo que o número de alunos com

segundo grau completo cresceu “tantos por cento”;

EU ACUSO os que aplaudem tais escolas e ainda trabalham pela massificação do ensino superior, sem entender que o aluno que ali chega deve ter o mínimo de preparo civilizacional, intelectual e moral, pois estamos chegando ao tempo no qual o aluno “terá direito” de se tornar médico ou advogado sem sequer saber escrever, tudo para o desespero de seus futuros clientes-cobaia;

EU ACUSO os que agora falam em promover um “novo paradigma”, uma “ nova cultura de paz”, pois o que se deve promover é a boa e VELHA cultura da “vergonha na cara”, do respeito às normas, à autoridade e do respeito ao ambiente universitário como um ambiente de busca do conhecimento;

EU ACUSO os “cabeças–boas” que acham e ensinam que disciplina é “careta”, que respeito às normas é coisa de velho decrépito,

EU ACUSO os métodos de avaliação de professores, que se tornaram templos de vendilhões, nos quais votos são comprados e vendidos em troca de piadinhas, sorrisos e notas fáceis;

EU ACUSO os alunos que protestam contra a impunidade dos políticos, mas gabam-se de colar nas provas, assim como ACUSO os professores que, vendo tais alunos colarem, não têm coragem de aplicar a devida punição.

EU VEEMENTEMENTE ACUSO os diretores e coordenadores que impedem os professores de punir os alunos que colam, ou pretendem que os professores sejam “promoters” de seus cursos;

EU ACUSO os diretores e coordenadores que toleram condutas desrespeitosas de alunos contra professores e funcionários, pois sua omissão quanto aos pequenos incidentes é diretamente responsável pela ocorrência dos incidentes maiores;

Uma multidão de filhos tiranos que se tornam alunos-clientes, serão despejados na vida como adultos eternamente infantilizados e totalmente despreparados, tanto tecnicamente para o exercício da profissão, quanto pessoalmente para os conflitos, desafios e decepções do dia a dia. Ensimesmados em seus delírios de perseguição ou de grandeza, estes jovens mostram cada vez menos preparo na delicada e essencial arte que é lidar com aquele ser complexo e imprevisível que podemos chamar de “o outro”. A infantilização eterna cria a seguinte e horrenda lógica, hoje na cabeça de muitas crianças em corpo de adulto: “Se eu tiro nota baixa, a culpa é do professor. Se não tenho dinheiro, a culpa é do patrão. Se me drogo, a culpa é dos meus pais. Se furto, roubo, mato, a culpa é do sistema. Eu, sou apenas uma vítima. Uma eterna vítima. O opressor é você, que trabalha, paga suas contas em dia e vive sua vida. Minhas coisas não saíram como eu queria. Estou com muita

raiva. Quando eu era criança, eu batia os pés no chão. Mas agora, fisicamente, eu cresci. Portanto, você pode ser o próximo.” Qualquer um de nós pode ser o próximo, por qualquer motivo. Em qualquer lugar, dentro ou fora das escolas. A facada ignóbil no professor Kássio dói no peito de todos nós. Que a sua morte não seja em vão. É hora de repensarmos a educação brasileira e abrirmos mão dos modismos e invencionices. A melhor “nova cultura de paz” que podemos adotar nas escolas e universidades é fazermos as pazes com os bons e velhos conceitos de seriedade, responsabilidade, disciplina e estudo de verdade.



Igor Pantuzza Wildmann

Advogado – Doutor em Direito. Professor universitário