Este blog é uma ferramenta indispensável para divulgar meu trabalho e para um enriquecimento dos que se dedicam a pesquisa em educação.

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OLIVEIRA, Michele Pereira. www.educacaoeinclusao.blogspot.com
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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Para refletir!



Para reflexão!


Para solucionar os buracos impostos pelas diferenças de classes, na plataforma da educação foram pensados e implantados alguns projetos que visam igualar as possibilidades e proporcionar igualdade de condições.

Vou citar duas grandes idéias, e desafiadoras.


1 - ENEM.

2- COTAS NAS UNIVERSIDADES.

3- UNIVERSIDADE PARA TODOS.


ENEM: de fundamental importância, uma vez que pode visualizar sem máscaras o nível de aprendizagem dos alunos que saem das escolas no ensino médio, de forma globalizada, sem distinção entre formas de ensino - público e privado.

Um excelente termômetro, uma vez que são avaliados os alunos, o desempenho e comprometimento dos educadores.


COTAS NAS UNIVERSIDADES: valoriza o ensino público, permite uma competição justa entre alunos que têm vontade e (principlamente necessidade) de ingressarem nas Universidades e não tinham condições para tal ou por falta de estrutura financeira para se prepararem em cursinhos preparatórios caros, que proporcionam tal preparação, ou por falta de condições financeiras para custearem suas faculdades em órgãos privados.


UNIVERSIDADE PARA TODOS: programa que proporciona a alunos de escolas públicas cursarem em Universidades particulares que firmaram parceria com o governo um curso superior com bolsas de até 100% dependendo de sua pontuação no ENEM.


São três excelentes programas de promoção social, que estão amarrados no processo ENSINO x APRENDIZAGEM que sempre cito em meus estudos.

Entretanto, não foram pensados em problemas advindos desses programas, que venho citar em partes:


1- BAIXO NÍVEL DE APREENSÃO;

2- EVASÃO ESCOLAR;

3- BURACOS NAS UNIVERSIDADES.


BAIXO NÍVEL DE APREENSÃO: em decorrência de uma baixa aprendizagem, esses alunos chegam nas Universidades com uma baixa carga cognitiva, muitas vezes sem ter aprendido conteúdos básicos, muitas vezes conteúdos de séries iniciais;


EVASÃO ESCOLAR: em decorrência do baixo nível de apreensão, muitos alunos começam seus cursos em Univerdades e se evadem durante os péríodos, pelo simples fato de não conseguirem acompanhar o desenvolvimento do curso escolhido.


BURACOS NAS UNIVERSIDADES: amarrados aos outros tópicos anteriores, esse é o culminar do grande problema que os três programas citados enfrentam.


Esses são os grandes problemas enfrentados pela educação contemporânia, em busca de igualdade de direitos.

Alunos de escolas públicas entram nas Universidades e ou Faculdades, começam um curso que sonharam por toda uma vida escolar, por falta de conhecimentos básicos, não conseguem se desenvolver a contento, acompanhando o nível exigido pelo curso, em autonomia de aprendizagem e pesquisa, acabam por evadir-se frustrados, mas muitas vezes sem outra alternativa imediata. Desta feita, podem ser visualizados enormes buracos nas salas de aula das Universidades e ou Faculdades, instaurados pelos dois problemas anteriores.

E, ao se instaurarem esses buracos ao meio de um curso nada mais pode ser feito, ficam os buracos - GAP'S, e faltam os alunos que muitas vezes trancam suas matrículas e não mais retornam para as salas de aula.

E, à partir dessa problemática que venho fazer uma indagação:

Enquanto professores, qual é a nossa parcela de culpa?

Ao meu ver temos sim, uma parcela de culpa quando não assumimos nosso papel de educador com toda a responsabilidade que tal função tem.

É preciso que hajam políticas de valorização do profissional da educação, porque são esses profissionais os grandes arquitetos do futuro de um país, de forma globalizada.

A meu ver o trabalho do professor é um trabalho solitário, de risco, de grande responsabilidade e e alto preço (não no que se refere à remuneração), uma vez que toda a carga de responsabilidade pelo desenvolvimento de uma nação está sob suas costas - um óbvio que muitas vezes não é visualizado: quanto maior for o desenvolvimento educacional de uma nação tal qual será seu desenvolvimento social, econômico, cultural, não necessariamente nessa ordem, mas todo e qualquer desenvolvimento se dá só e somente só pela educação de seu povo.

E, quem educa, é o profissional da educação que por anos esteve e ainda está à margem do desenvolvimento profissional.

Muitos são os professores que trabalham desmotivados, que não têm sequer vontade de se reciclar, de investir em uma formação continuada.
A geração de professores que se encontram em sala de aula hoje são fruto de um professorado que era mal pago, desvalorizado, e esse ranso ainda nos acompanha, e muitas vezes entram na nossa frente para dentro de nossas salas de aula.

Assim sendo, trabalhando sem amparo, desvalorizado, muitas vezes sem condições mínimas de trabalho, todos esses problemas citados acima, não serão superados e idéias que podem de fato solucinar os grandes vácuos sociais tendem a se tornar outros problemas com dimensões incalculáveis.

É preciso que a nossa profissão seja valorizada e que sejamos reconhecidos pela grande responsabilidade que temos ante desenvolvimento de nosso país.